terça-feira, 24 de novembro de 2009


Não é uma rosa.
Foto via celular.

domingo, 22 de novembro de 2009


Azul entre nuvens.
Foto via celular.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O poema abaixo é de Dom Filipe, que já apresentei aqui, e volto a repetir:
Um amigo apresentou-me em 1998, o monge-poeta Dom Filipe da Cruz, ou José Afonso Madeiro da Cruz, que nasceu em Santo Amaro da Purificação, em 1950. Monge interno do Mosteiro de São Bento aqui em Salvador. Possui o livro inédito Habitação de nuvens. Alguns poemas manuscritos circulam entre alguns católicos ou interessados no tipo de lírica de Dom Filipe. Agradeço ao autor por ter liberado a publicação dos seus poemas neste blog.


GALERIA


Pelos corredores
dessa galeria
cada loja é uma
misteriosa via.
O Consumidor, pois
que com tudo priva,
é a primeira porta,
e é a mais ativa.
– O que foi? – Já passou...
Vivo foi o piso,
sua cor, seu brilho,
o passo que pisou
pelo seu ladrilho.

A segunda porta
é tudo o que existe:
coisa viva ou morta,
vista ou que não viste.
Estão frente a frente e
disputam fregueses,
repartidamente
como irmãos siameses.

Na terceira porta,
loja dividida:
dum lado canta Jó,
e do outro a suicida


canção de Caim é
compassadamente
cantada, tão afim,
que Jó amargamente


nega a sua estada,
mas não esmola treva,
o que era de esperar
quando o mal se eleva.


Na derradeira porta
o Milagre e o Mistério,
aquele a luz que exorta,
este o pesar mais sério.


Unos inconfundíveis
e inconciliáveis,
visíveis, invisíveis,
contudo navegáveis.

Pelos corredores
dessa galeria
tudo o que existiu
e o que não existia.

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